terça-feira, 7 de junho de 2011

Hábitos de Leitura

Um grupo de alunas do 7.ºC aplicou um inquérito sobre hábitos de leitura a 10% dos alunos da escola.

Apresentamos aqui os resultados.












quarta-feira, 27 de abril de 2011

Concurso de Poesia e Ilustração

Tendo em conta a necessidade de promoção da leitura e da escrita e ainda com o intuito de assinalar o Ano Europeu do Voluntariado, a Rede de Bibliotecas do Concelho de Carregal do Sal – em articulação com os departamentos de Línguas, do 1.º Ciclo e do Pré-escolar do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal – promove, no ano lectivo 2010/2011, um Concurso de Poesia e Ilustração, subordinado ao tema “Voluntariado/Solidariedade”.

Modalidades:
Ilustração – 1.º Escalão
Texto poético – restantes escalões

 Escalões dos concorrentes:
1.º Escalão – crianças do Pré-escolar e alunos do 1.º ano
2.º Escalão - alunos dos 2.º, 3.º e 4.º anos
3.º Escalão - alunos do 2.ºCiclo
4.º Escalão – alunos do 3.ºCiclo
5.º Escalão – alunos do Ensino Secundário
6.º Escalão – pais e encarregados de educação


Fases do concurso:
Fase Agrupamento – de 26 de Abril a 31 de Maio
Fase Concelhia – de 1 a 9 de Junho

quarta-feira, 13 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

Concurso de Leitura Online - 3.ª fase

2ºciclo


Com o decorrer dos anos, a fama do frade foi-se espalhando. Era conhecido pelas suas obras. Aos pobres levava pão; aos tristes, palavras de consolo. Tratava dos leprosos, convertia bandidos. Tirava a roupa do corpo para dar aos nus, protegia as viúvas e as criancinhas. Dormia em covis como os bichos. Um dia fez uma coisa extraordinária que mostra bem como era humilde: quando a multidão lhe quis prestar uma homenagem, recebendo-o com bandeiras, Frei Genebro rebolou-se num monte de estrume para ficar imundo. - Que cheirete! Que porcaria! Todos taparam o nariz, horrorizados. Os miúdos desataram às gargalhadas. E o frade sentiu-se feliz por fugir à vaidade. Preferia o desprezo, a troça dos homens às honrarias. - É um santo na Terra! – exclamavam os que julgavam perceber de santidade. – Nunca se viu outro assim.



1– “Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido…” Frei Egídio soltou um gemido, porque:

a) sentia-se fraco devido à doença.

b) sentia nostalgia da vida de outrora.

c) sentia o peso dos pecados.



2- Frei Genebro para consolar o amigo naquela hora difícil:

a)contou-lhe as aventuras e desventuras da sua viagem.

b)satisfez-lhe o desejo, preparando-lhe um petisco.

c)sentou-se ao seu lado e juntos oraram.



3– “ Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios…” Para satisfazer o amigo, o frade mentiu, controlando:

a)a gula.

b)o nervosismo.

c)a ansiedade.



4– Ao descer o monte, Frei Genebro reparou que o rebanho que vira antes se agitava, num reboliço, devido:

a)à escassez de erva.

b)à mutilação do porquinho.

c)à presença de um estranho.



3ºciclo



Retornou a estrada, marchou para Terni. E prodigiosa foi, desde esse dia, a atividade de sua virtude. Através de toda a Itália, sem descanso, pregou o Evangelho Eterno, adoçando a aspereza dos ricos, alargando a esperança dos pobres. O seu imenso amor ia ainda para além dos que sofrem, até aqueles que pecam, oferecendo um alívio a cada dor, estendendo um perdão a cada culpa: e com a mesma caridade que tratava os leprosos, convertia os bandidos. Durante as invernias e a neve, vezes inumeráveis dava, aos mendigos, a sua túnica, as suas alpercatas; os abades dos mosteiros ricos, as damas devotas de novo o vestiam, para evitar o escândalo de sua nudez através das cidades; e, sem demora, na primeira esquina, ante qualquer esfarrapado, ele se despojava sorrindo. Para remir servos que penavam sob um amo feroz, penetrava nas igrejas, afirmando, jovialmente, que mais apraz a Deus uma alma liberta que uma tocha acesa. Cercado de viúvas, de crianças famintas, invadia as padarias, açougues, até as tendas dos cambistas, e reclamava imperiosamente, em nome de Deus, a parte dos deserdados. Sofrer, sentir a humilhação eram, para ele, as únicas alegrias completas: nada o deliciava mais do que chegar de noite molhado, esfaimado, tiritando, a uma opulenta abadia feudal, e ser repelido da portaria como um mau vagabundo; só então, agachado nos lodos do caminho, mastigando um punhado de ervas cruas, ele se reconhecia verdadeiramente irmão de Jesus, que não tivera também, como têm sequer os bichos do mato, um covil para se abrigar. Quando um dia, em Perusa, as confrarias saíram ao seu encontro, com bandeiras festivas, ao repique dos sinos, ele correu para um monte de esterco, onde se rolou e se sujou, para que daqueles que o vinham engrandecer, só recebesse compaixão e escárnio. Nos claustros, nos descampados, em meio das multidões, durante as lides mais pesadas, orava constantemente, não por obrigação, mas porque na prece encontrava um deleite adorável. Deleite maior, porém, era, para o franciscano, ensinar e servir. Assim, longos anos errou entre os homens, vertendo seu coração como a água de um rio, oferecendo os seus braços como alavancas incansáveis; e tão depressa, numa ladeira deserta, aliviava uma pobre velha de sua carga de lenha, como numa cidade revoltada, onde reluzissem armas, se adiantava, com o peito aberto, e amansava as discórdias. Enfim, uma tarde, em véspera de Páscoa, estando a descansar nos degraus de Santa Maria dos Anjos, avistou de repente, no ar liso e branco, uma vasta mão luminosa que sobre ele se abria e faiscava. Pensativo, murmurou: - Eis a mão de Deus, a sua mão direita, que se estende para me colher ou para me repelir. Deu logo a um pobre, que ali rezava a Avé-Maria, com a sua sacola nos joelhos, tudo o que no mundo lhe restava, que era um volume do Evangelho, muito usado e manchado de suas lágrimas. No domingo, na igreja, ao levantar a Hóstia, desmaiou. Sentindo então que ia terminar a sua jornada terrestre, quis que o levassem para um curral e o deitassem sobre uma camada de cinzas. Em santa obediência, ao guardião do convento, consentiu que o limpassem dos seus trapos, lhe vestissem um hábito novo: mas, com os olhos alagados de ternura, implorou que o enterrassem num sepulcro emprestado, como fora o de Jesus, seu senhor. E, suspirando, só se queixava de não sofrer: O Senhor, que tanto sofreu, por que não me manda a mim o padecimento bendito? De madrugada pediu que abrissem, bem largo, o portão do curral. Contemplou o céu que clareava, escutou as andorinhas que, na frescura e silêncio, começaram a cantar sobre o beiral do telhado e, sorrindo, recordou uma manhã com Francisco de Assis à beira do lago de Perusa, o mestre incomparável se detivera ante uma árvore cheia de pássaros e, fraternamente, lhes recomendara que louvassem sempre o Senhor! "Meus irmãos, meus irmãos passarinhos, cantai bem a vosso Criador, que vos deu essa árvore para que nela habiteis, e toda esta limpa água para nela beber, e essas penas bem quentes para vos agasalharem, a vós e aos vossos filhinhos!" Depois, beijando humildemente a manga do monge que o amparava, Frei Genebro morreu.



Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.

1.A obra de frei Genebro espalhou-se por toda a Europa.

2.Frei Genebro tratava de forma altruísta e de modo indistinto todos os seres humanos.

3.A infelicidade de frei Genebro resultava do sofrimento e da humilhação.

4.Frei Genebro era frequentemente exposto das abadias como se fosse um vagabundo.

5.A felicidade de frei Genebro advinha de da oração, dos ensinamentos e do serviço ao próximo.

6.Frei Genebro teve medo da aproximação da morte porque iria sofrer imenso.

Concurso de Leitura Online - 2.ª fase

2ºciclo


Recomposto, o viajante subiu, subiu até à cabana e chamou: - Irmão Egídio! Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido: - Quem me chama? Não tenho forças para me levantar. Estou muito doente… Frei Genebro entrou, cheio de dó, aproximou-se do amigo, pálido, deitado numa cama de folhas. - Como te venho encontrar! Em que posso ajudar-te? O que é que tu queres? O outro, um tanto encavacado, confessou: - Não sei se é pecado… Mas francamente, o que me apetece é comer um pedaço de porco assado. Frei Genebro lembrou-se logo do rebanho e consolou-o. - Qual pecado! Sossega, que vou já buscar-te o que me pedes. Pegou numa faca afiada que por ali encontrou, arregaçou as mangas do hábito e, muito sorrateiro, foi apanhar um porquinho que estava a pastar bolota. Tapou-lhe a boca para que não pudesse gritar e, com dois golpes, cortou-lhe uma perna. O animal ficou a arquejar numa poça de sangue. O frade fugiu dali a correr. Como era bom cozinheiro, acendeu uma fogueira e preparou um belo assado. - Está a ficar lourinho! Uma delícia – ia dizendo ao companheiro, para lhe abrir o apetite. O doente deliciou-se com o petisco. Até Frei Genebro teve a tentação de lhe espetar o dente, mas resistiu. - Estou empaturrado. Ainda há pouco papei uma galinha, ovos fritos… Nem vinho me faltou. Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios… Frei Genebro tinha ainda mais quilómetros para palmilhar. Colocou uma bilha de água fresquinha junto do amigo, tapou-o com uma manta e seguiu caminho, prometendo mandar-lhe alguém do convento para o tratar. Ao descer o monte, viu o pastor furioso: - Quem foi o malandro que atacou o meu porquinho?! Como ele sofre! Ficou só com três patas! Se o descubro, nem sei que lhe faço! O rebanho agitava-se, num rebuliço, em redor do bacorinho mutilado. Frei Genebro, agarrado ao seu bordão de caminhante, afastou-se dali rapidamen. te





Indica a resposta correcta.
1– “Do fundo da morada, que mais parecia uma cova de bicho, veio um gemido…”
Frei Egídio soltou um gemido, porque:

a) sentia-se fraco devido à doença. 

b) sentia nostalgia da vida de outrora. 

c) sentia o peso dos pecados. 



2–Frei Genebro para consolar o amigo naquela hora difícil:

a)contou-lhe as aventuras e desventuras da sua viagem. 

b)satisfez-lhe o desejo, preparando-lhe um petisco. 

c)sentou-se ao seu lado e juntos oraram. 



3– “ Era mentira, mas quem quer ser santo passa por tantos sacrifícios…” Para satisfazer o amigo, o frade mentiu, controlando:

a)a gula. 

b)o nervosismo. 

c)a ansiedade. 



4– Ao descer o monte, Frei Genebro reparou que o rebanho que vira antes se agitava, num reboliço, devido:


a)à escassez de erva. 

b)à mutilação do porquinho. 

c)à presença de um estranho. 






3ºciclo

Do fundo da choça rude, que mais parecia cova de bicho, veio um lento gemido:Quem me chama? Aqui, neste canto, neste canto a morrer!... A morrer, meu irmão! Frei Genebro acudiu em grande dó; encontrou o bom ermitão estirado num monte de folhas secas, encolhido em farrapos e tão definhado que sua face, outrora farta e rosada, era como um pedaço de velho pergaminho, muito enrugado, perdido entre os flocos das barbas brancas. Com infinita caridade e doçura, o abraçou. E há quanto tempo, há quanto tempo, neste abandono, irmão Egídio? Louvado Deus, desde a véspera! Só na véspera, à tarde, depois de olhar uma derradeira vez para sol e para a sua horta, se viera estender naquele canto para acabar... Mas havia meses que com ele entrara um cansaço, que nem podia segurar a bilha cheia quando voltava da fonte. E dizei, irmão Egídio, pois que o Senhor me trouxe, que posso fazer eu pelo vosso corpo? Pelo corpo, digo; que pela alma bastante tendes vós feito na virtude desta solidão! Gemendo, arrepanhando para o peito as folhas secas em que jazia, como se fossem dobras dum lençol, o pobre ermitão murmurou: Meu bom frei Genebro, não sei se é pecado, mas toda esta noite, em verdade vos confesso, me apeteceu comer um pedaço de carne, um pedaço de porco assado... Mas será pecado? Frei Genebro, com a sua imensa misericórdia, logo o tranqüilizou. Pecado? Não, certamente. Aquele que, por tortura, recusa ao seu corpo um contentamento honesto, desagrada ao Senhor! Não ordenava ele aos seus discípulos que comessem as boas coisas da terra? O corpo é servo; e está na vontade divina que as suas forças sejam sustentadas, para que preste ao espírito, seu amo, bom e leal serviço. Quando Frei Silvestre, já tão doentinho, sentira aquela longo desejo de uvas moscatéis, o bom Francisco de Assis logo o conduziu à vinha, e por suas mãos apanhou os melhores cachos, depois de os abençoar para serem mais sumarentos e doces... É um pedaço de porco assado que apeteceis? – exclamava risonhamente o bom Frei Genebro, acariciando as mãos transparentes do ermitão – Pois sossegai, irmão querido, que bem sei como vos contentar- E imediatamente, com os olhos a reluzir de caridade e de amor, agarrou o afiado podão que pousava sobre o muro da horta. Arregaçando as mangas do hábito, e mais ligeiro que um gamo, porque era aquele um serviço do Senhor, correu pela colina até os densos castanheiros onde encontrara o rebanho de porcos. E aí, andando sorrateiramente de tronco para tronco, surpreendeu um bacorinho desgarrado que fossava a bolota, e desabou sobre ele, e enquanto lhe sufocava o focinho e os gritos, decepou, com dois golpes certeiros do podão, a perna por onde o agarrava. Depois, com as mãos salpicadas de sangue, deixando a rês a arquejar numa poça de sangue, o piedoso homem galgou a colina, correu à cabana, gritou dentro alegremente: Irmão Egídio, a peça de carne já o Senhor a deu! E eu, em Santa Maria dos Anjos, era bom cozinheiro. Na horta do ermitão arrancou uma estaca do feijoal, que, como podão sangrento, aguçou em espeto. Entre duas pedras acendeu uma fogueira. Com zeloso carinho assou a perna do porco. Era tanta a sua caridade que para dar a Egídio todos os antegostos daquele banquete, raro em terra de mortificação anunciava com vozes festivas e de boa promessa: Já vai aloirando o porquinho, irmão Egídio! A pele já tosta, meu santo! Entrou enfim na choça triunfalmente, com o assado que fumegava e rescindia, cercado de frescas folhas de alface. Ternamente ajudou a sentar o velho, que tremia e se babava de gula. Arredou das pobres faces maceradas os cabelos que o suor da fraqueza empastara. E, para que o bom Egídio não vexasse com a sua voracidade e tão carnal apetite, ia afirmando enquanto lhe partia as febras gordas, que também ele comeria regaladamente daquele excelente porco se não tivesse almoçado à farta na Locanda dos três Caminhos! Mas nem bocado agora me podia entrar, meu irmão! Com uma galinha inteira me atochei! E depois uma fritada de ovos! E de vinho branco, um quartinho! E o santo homem mentia santamente – porque, desde madrugada, não provara mais que um magro caldo de ervas, recebido por esmola à cancela de uma granja. Farto, consolado, Egídio deu um suspiro, recaiu no seu leito de folha seca. Que bem lhe fizera, que bem lhe fizera! O Senhor, na sua justiça, pagasse a seu irmão Genebro aquele pedaço de porco!... E o ermitão, com as mãos postas, Genebro ajoelhado, ambos louvaram, ardentemente, o Senhor que, a toda necessidade solitária, manda de longe o socorro.




Assinala se as afirmações são verdadeiras ou falsas.

1. O irmão Egídio vivia numa cabana agradável.

2. A face magra de Egídio estava coberta de barbas enegrecidas pelo tempo.

3. Já há muito tempo que Egídio se recolhera na sua cabana devido a um enorme cansaço.

4. Frei Genebro perguntou a Egídio se podia arranjar-lhe alimento para a alma.

5. Frei Genebro pensava que não era pecado alimentar o corpo com as “boas coisas da Terra”.

6. Embora tivesse fome, frei Genebro afirmou ter comido imenso, para que Egídio se alimentasse sem se sentir contrariado.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Semana da Leitura na Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal



No dia 28 de Março pelas 9h30, alunos, professores e elementos da comunidade, estiveram presentes na abertura oficial da Feira do Livro da Rede Concelhia da Rede de Bibliotecas de Carregal do Sal. Paralelamente a esta iniciativa decorrerão actividades diversas nas escolas e bibliotecas do agrupamento cujo objectivo primordial visa promover a articulação entre ciclos, o incentivo ao prazer de ler e um maior envolvimento da comunidade em prol da promoção do livro e da leitura no concelho

Concurso de Leitura Online

2º ciclo 



Frei Genebro




Em tempos que já lá vão, havia um frade chamado Genebro. Era discípulo de S.Francisco, que largara riquezas para se dedicar para se dedicar aos pobres e tratava o Sol e a Lua, o lobo e o cordeiro como seus irmãos. Frei Genebro também tentava ser santo. Passava muita fome, porque não queria ser guloso. Em vez de se divertir, rezava. Quando tinha ideias marotas (quem as não tem?) enxotava-as como se enxotam as moscas. Ajudava os necessitados, animava os tristes. Para proteger os escravos, em terra de Mouros, foi por estes preso com correntes, ficando com os braços em ferida. Que mártir! Ao regressar à pátria, até o papa lhe beijou as chagas abertas, com veneração. Um dia, Frei Genebro partiu de viagem. A pé e descalço, como convinha, porque os sapatos eram um luxo. Andou, andou, andou. Avistando, no azul da manhã, os restos dum castelo, lembrou-se de Frei Egídio, antigo companheiro do convento, eu morava então numa cabana de palha junto das ruínas. O nosso frade logo largou a estrada, metendo-se pelos caminhos do monte. A certa altura encontrou um fio de água que corria entre a verdura . - Ai, que maravilha! Vou matar a sede e pôr os pés de molho! Realmente, era bem custoso andar descalço por caminhos de pedras e cardos! Mas, para ser santo, achava ele, era preciso sofrer. Perto do ribeiro viu um pastor adormecido. Que guardaria ele? Um rebanho de porcos! - Rom, rom, rom- grunhiam os maiores, procurando raízes com os grossos focinhos, enquanto os bacorinhos corriam, alegres, em torno das mães, tão luzidios e cor-de-rosa!


1 – Frei Genebro é a personagem principal deste conto.


“ Era discípulo de S. Francisco, que largara riquezas para se dedicar aos pobres e tratava o Sol e a Lua, o lobo e o cordeiro como seus irmãos.”


A frase acima transcrita significa:


a)era despojado dos bens materiais e tinha uma relação de proximidade com os astros e os animais. 


b)era materialista e tinha uma relação de proximidade com os astros e os animais. 


c)era altruísta como S. Francisco, mas distante no relacionamento com os astros e os animais. 




2 – Para atingir a santidade, o frade:


a)orava, comia e amava. 


b)rezava, combatia a gula, os maus pensamentos e ajudava o próximo. 


c)estava permanentemente em oração. 




3 – “ Ao regressar à pátria, até o papa lhe beijou as chagas abertas, com veneração.”


A palavra destacada significa:


a)reverência. 


b)altivez. 


c)desprezo. 




– Ao avistar as ruínas de um castelo, Frei Genebro lembrou-se de:


a) descansar um pouco da viagem. 


b) um velho companheiro. 


c) parar um pouco para fazer uma fogueira e cozinhar. 





3º ciclo


Frei Genebro

Nesse tempo ainda vivia, na sua solidão nas montanhas da Umbria, o divino Francisco de Assis – e já por toda a Itália se louvava a santidade de Frei Genebro, seu amigo e discípulo. Frei Genebro, na verdade, completara a perfeição em todas as virtudes evangélicas. Pela abundância e perpetuidade da Oração, ele arrancava da sua alma as raízes mais miúdas do pequeno, e tornava-a limpa e cândida como um desses celestes jardins em que o solo anda regado pelo Senhor, e onde só podem brotar açucenas. A sua penitência, durante vinte anos de claustro, fora tão dura e alta que já não temia o tentador; agora, só com o sacudir da manga do hábito, rechaçava as tentações, as mais pavorosas ou as mais deliciosas, como se fossem apenas moscas inoportunas. Benéfica e universal à maneira de um orvalho de verão, a sua caridade não se derramava somente sobre as misérias do pobre, mas sobre as melancolias do rico. Na sua humilíssima humildade ao se considerava nem igual dum verme. Os bravios barões, cujas negras torres esmagavam a Itália, acolhiam reverentemente e curvavam a cabeça a este franciscano descalço e mal remendado que lhes ensinava a mansidão. Em Roma, em S. João de Latrão, o Papa Honório beijara as feridas de cadeiras que lhe tinham ficado nos pulsos, do ano em que na Mourama, por amor dos escravos, padecera a escravidão. E como nessas idades os anjos ainda viajavam na terra, com as asas escondidas, arrimados a um bordão, muitas vezes, trilhando uma velha estrada pagã ou atravessando uma selva, ele encontrava um moço de inefável formosura, que lhe sorria e murmurava: Bons dias, irmão Genebro! Ora, um dia, indo este admirável mendicante de Spoleto para Terni, e avistando no azul e no sol da manha, sobre uma colina coberta de carvalhos, as ruínas do castelo de Otofrid, pensou no seu amigo Egídio, antigo noviço como ele no mosteiro de Santa Maria dos Anjos, que se retirara àquele ermo para se avizinhar mais de Deus, e ali habitava uma cabana de colmo, junto das muralhas derrocadas, cantando e regando as alfaces do seu horto, porque a sua virtude era amena. E como mais de três anos tinham se passado desde que visitara Egídio, largou a estrada, passou embaixo do vale, sobre as alpondras, o riacho que fugiu por entre os aloendros em flor, começou a subir lentamente a colina frondosa. Depois da poeira e ardor do caminho de Spoleto, era doce e larga sombra dos castanheiros e a relva que lhe refrescava os pés doloridos. A meia encosta, numa rocha onde se esguedelhavam silvados, nas ervas húmidas, dormia, ressonando consoladamente, um homem, que decerto por ali guardava porcos, porque vestia um grosso surrão de couro e trazia, pendurada na cinta, uma buzina de porqueiro. O bom frade bebeu de leve, afugentou os moscardos que zumbiam sobre a rude face adormecida e continuou a trepar a colina, com o seu alforje, o seu cajado, agradecendo ao Senhor aquela água, aquela sombra, aquela frescura, tantos bens inesperados. Em breve avistou, com efeito, o rebanho de porcos, espalhados sob as frondes, roncando e fossando as raízes, uns magros e agudos, de cerdas duras, outros redondos, com o focinho curto afogado em gordura, e os bacorinhos correndo em torno às tetas das mães, luzidios e cor-de-rosa. Frei Genebro pensou nos lobos e lamentou o sono do pastor descuidado. No fim da mata começava a rocha, onde os restos do castelo lombardo se erguiam, revestidos de hera, conservando ainda alguma seteira esburacada sobre o céu, ou, numa esquina de torre, uma goteira que, esticando o pescoço do dragão, espreitava por meio das silvas bravas. A cabana do ermitão, telhada de colmo que lascas de pedra seguravam, apenas se percebia, entre aqueles escuros granitos pela horta que em frente verdejava, com os seus talhões de couve e estacas de feijoal, entre alfazema cheirosa. Egídio não andaria afastado porque sobre o murozinho de pedra solta ficara pousado o seu cântaro, o seu podão e a sua enxada. E docemente, para o não importunar, se àquela hora da sesta estivesse recolhido e orando, Frei Genebro empurrou a porta de pranchas velhas, que não tinha loquete para ser mais hospitaleira. Irmão Egídio!

Entre as frases apresentadas, selecciona a opção correcta.

1.

a. Frei Genebro era amigo e mestre de Francisco de Assis.

b. Francisco de Assis partilhava com frei Genebro ensinamentos e amizade.

c. Frei Genebro vivia nas montanhas sozinho.

2.

a. A oração permitia a frei Genebro afastar qualquer pecado.

b. A alma de frei Genebro não tinha pecado porque ele o sacudia com a manga do hábito.

c. As tentações eram afastadas por frei Genebro após longa reflexão.

3.

a. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele era um anjo que viajava na terra.

b. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele não o vi há mais de três anos.

c. Frei Genebro decidiu ir visitar o irmão Egídio porque ele morava numa cabana para estar mais perto de Deus.

4.

a. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a porta estava aberta.

b. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que a sua horta estava verdejante.

c. Quando chegou a casa de Egídio, frei Genebro soube que ele estaria por perto dado que os instrumentos de trabalho estavam à vista.

Entrega as tuas propostas de correcção na Biblioteca, numa folha de papel devidamente identificada.




sexta-feira, 18 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Hora do Conto

No âmbito da Hora do Conto, um grupo de alunos do 7.º D apresenta a história "A abóbora-menina", de José de Lemos, no dia 18 de Março, pelas 13h30, na Biblioteca Escolar.
A apresentação foi preparada nas aulas de Área de Projecto, sob a orientação da professora bibliotecária.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A Flor da Alegria

No âmbito da Semana dos Valores, foi apresentada na Biblioteca Escolar,  a história "A Flor da Alegria", de Manuela Monteiro. A leitura da história esteve a cargo da professora bibliotecária e de um grupo de alunas do 5.ºA.
No final da leitura,  foi entregue aos alunos uma flor em papel, onde registaram o sentimento presente na história.

quinta-feira, 10 de março de 2011

1.º Concurso de Leitura Online

As bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal vão promover o 1.º Concurso de Leitura online, destinado a alunos dos 2.º e 3.º ciclos.

O concurso terá como objecto um conto de Eça de Queirós (na versão adaptada por Luísa Ducla Soares, para o 2.º ciclo, e na versão original, para o 3.º ciclo). Sobre este conto serão publicadas nas páginas do blogue de cada biblioteca um conjunto de questões que incidirão sobre um excerto do conto, que será também publicado nos respectivos blogues.

O concurso organiza-se em quatro fases, sendo cada uma composta por um excerto acompanhado pelas respectivas questões, que terão lugar nas seguintes datas:

• 28 de Março;

• 31 de Março;

• 4 de Abril;

• 7 de Abril.

Os alunos interessados em participar no concurso deverão ler os excertos e tomar conhecimentos das questões nos blogues da biblioteca das suas escolas e deverão, posteriormente, entregar as propostas de correcção do questionário, em folha de papel, devidamente identificada com nome completo, número e turma, na biblioteca da sua escola, até ao dia seguinte ao da publicação de cada questionário.

O vencedor de cada ciclo terá direito a um prémio.

terça-feira, 1 de março de 2011

Hora do Conto

No âmbito das actividades de promoção da leitura, a Biblioteca Escolar dinamiza, regularmente, a Hora do Conto.
Esta semana, a dinamização desta actividade está a cargo da turma B do 6.º Ano, sob a orientação da professora de Língua Portuguesa Anabela Abrantes.
Os alunos irão apresentar o 2.º capítulo da obra "O Rapaz de Bronze", de Sophia de Mello Breyner Andresen, no dia 3 de Março, pelas 13h30.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Concurso Literário "Quem conta um conto...acrescenta um ponto"

Os alunos do 2.º Ciclo da Escola Básica N.º2 de Carregal do Sal participaram no Concurso Literário "Quem conta um conto... acrescenta um ponto", promovido pelo semanário Sol em parceria com o Plano Nacional de Leitura.
Os alunos leram um dos livros da colecção Clássicos da Literatura Portuguesa distribuída pelo semanário Sol e escreveram um texto que dava continuação ao livro lido.
Numa primeira fase, os professores de Língua Portuguesa seleccionaram o melhor texto de cada turma. Aos autores destes textos foi oferecido um livro da referida colecção.
Numa segunda fase, foi escolhido um texto a nível do agrupamento, o qual foi enviado para o júri do concurso. O autor deste texto foi Leandro Francisco Marques Tiago do 5.ºD.


O Mandarim

Pobre Teodoro! Vive amargurado. Que saudades que ele tem da vida equilibrada e suave que sempre tivera.
Todos os dias pensava: maldita a hora em que toquei aquela maldita campainha. Todos os dias pensava: foi culpa do demónio! Foi ele que me tramou a vida.
Ele não podia continuar a viver assim. Sentia-se cada dia pior, com o peso na consciência.
Começou a ficar gravemente doente e não parava de pensar: Vou morrer. É hoje que eu morro e não sei a quem deixar tanta riqueza.
Então, decidiu escrever novamente ao seu amigo Camilloff para ver se ele conseguia descobrir a verdadeira família do Mandarim.
Camilloff percorreu a China de uma ponta à outra e encontrou várias famílias com o mesmo nome (Ti-Chin-Fu). Todas elas diziam ser a verdadeira família do Mandarim. Estava cada vez mais complicado de descobrir! Todos sabiam que Teodoro tinha uma fortuna para entregar e todos a queriam receber. Quem é que não queria tanto dinheiro?!
O tempo foi passando, Teodoro estava a ficar velhote e o seu grande problema continuava por resolver.
Um dia, saiu de casa encostado na sua bengala, e ao fim da rua estreita encontrou uma pobre mulher, de luto, com o seu filho já grandito, ao seu lado, a pedir esmola. Teodoro não ligou, mas quando passou por eles, de novo, ao regressar a casa, fixou o olhar naquela pobre mulher com aquela criança. Reparou que eles eram estrangeiros, talvez chineses. De repente, lembrou-se do Mandarim.
Começou a falar com eles e a mulher disse-lhe que quando o marido era vivo, eram muito ricos, mas assim que ele morreu ficaram na miséria. E por isso, decidiram vir viver para Portugal à procura de uma vida melhor.
Teodoro respirou fundo e exclamou:
-São vocês! São vocês a verdadeira família Ti-Chin-Fu!
- Sim, somos nós! Eu sou a esposa de Ti-Chin-Fu e este é o nosso filho. Desde que o meu marido morreu que vivemos muito sós. Passamos os dias na rua a pedir esmola para podermos comer.
- Você tem como provar que é mesmo a mulher do Mandarim? – perguntou Teodoro.
- Claro que sim!
Teodoro ficou aliviado. Finalmente, ia livrar-se daquela maldita riqueza que só lhe trouxera infelicidade.
A viúva e o filho receberam toda a riqueza e voltaram para a China.
Teodoro voltou à sua vida miserável, mas de paz. Aquela que ele nunca devia ter deixado de ter.

(Texto vencedor da fase agrupamento)



Semana dos Valores

O Departamento de Ciências Humanas e Sociais vai comemorar a Semana dos Valores, de 1 a 3 de Março, em todo o agrupamento,  subordinado ao tema "Aprender a "Ser"... "Responsável"... "Generoso"...
O dia 1 de Março será o Dia da Responsabilidade. Neste dia, os alunos serão responsáveis pela execução de algumas tarefas, nomeadamente pela leccionação de alguns conteúdos das disciplinas desse dia.
O dia 2 será o Dia do Elogio, pretendendo-se envolver toda a comunidade escolar e desenvolver as relações interpessoais, fazendo elogios às pessoas com quem lidamos (colegas, amigos, professores, funcionários...).
O dia 3 será o Dia da Generosidade. Pretende-se angariar materiais (cartolinas, lápis de cor, cadernos de desenho, canetas de feltro, pincéis, telas, papel cavalinho, etc.) para oferecer ao novo Hospital Pediátrico de Coimbra.

"Aprender a "Ser"...

"Responsável"...

"Generoso"...


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Concurso Nacional de Leitura - fase distrital

A fase distrital do Concurso Nacional de Leitura realizar-se-á, durante o 2.º período, na Biblioteca Municipal de Moimenta da Beira.
As alunas que representarão a escola nesta fase são:
- Joana Silva - 7.ºD
- Raquel Falé - 8.ºC
- Carlota Tavares - 9.ºD
As obras seleccionadas para esta fase são:
- As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift;
- A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Escrita Criativa

De 7 a 11 de Fevereiro, a Biblioteca Escolar em articulação com os docentes de Língua Portuguesa, dinamiza sessões de escrita criativa, destinadas aos alunos do 5.º Ano.
No início da sessão, os alunos retiram três imagens da Arca dos Contos: uma personagem (será a personagem principal/o herói da história), um espaço e um objecto. A partir destas imagens,  imaginam uma  história.
Seguidamente,  preenchem um mapa de ideias, tendo em conta os elementos do texto narrativo.
A partir deste mapa,  criam um texto narrarivo.
Ao autor do melhor texto de cada turma, a BE oferece um livro.
Os melhores textos serão publicados num e-book.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ciclo de Cinema "Os filmes dos meus livros"













Está a decorrer na Biblioteca Escolar, de 8 de Janeiro a 3 de Março, o Ciclo de Cinema "Os filmes dos meus livros". Os filmes são apresentados às terças e quintas-feiras, das 13h00 às 14h00 e das 16h00 às 17h30.